Na atual pandemia por COVID-19, os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate a pandemia, são os que se apresentam maiores riscos de contágio. Muitos se contaminam por hiper exposição e no momento da retirada dos Equipamentos de Proteção Individual (conhecidos como EPI). E se os EPIs repelissem o vírus da COVID-19? Isto pode se tornar realidade…
Matéria da BBC Brasil, expões alguns números (lembrando que são números coletados na data da reportagem em 1 de abril de 2020):
Aqui no Brasil, pesquisa com 6131 profissionais de saúde do Rio de Janeiro testados para COVID-19, 11% tiveram resultado positivo.
Este mapeamento epidemiológico foi realizada pelo Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e pela Zoom Smart Data.
Uma das explicações para este aumento de risco está na exposição ao vírus.
O profissional de saúde está em contato com uma concentração grande pacientes, muitos dele graves, e infectados por COVID-19.
Mesmo com o uso obrigatório de EPIs para proteção do profissional de saúde, há um risco de contágio, principalmente na retirada dos mesmos. Quaisquer descuido e desatenção nos passos de retirada dos EPIs colocam em risco o profissional de saúde.
Agora, imagina um médico ou enfermeiro no final de um plantão exaustivo de 24 horas, um descuido não é algo pouco provável de acontecer.
Isto ajudaria muito no combate a pandemia, concorda?
Isto já esta sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e publicaram recentemente na ACS Applied Materials & Interfaces.
Paul W. Leu e colaboradores, desenvolveram no Laboratório de Materiais Avançados de Pittsburgh (LAMP), um material para revestir tecidos para uso hospitalar (como usados em EPIs) que tem a capacidade de repelir fluidos corporais como sangue, urina e suor. Estes fluidos podem conter vetores infecciosos que contaminam superfícies e disseminam a infecção para outras pessoas.
Para adquirir estas propriedades o tecido é tratado com nanopartículas de politetrafluoretileno (PTFE).
Neste estudo foi demonstrado que os tecidos submetidos a este tratamento conseguiram reduzir a aderência de adenovírus tipo 4 e tipo 7a em 99.2 e 97.6%, respectivamente.
Em uma próxima etapa do estudo, ele irão testar com beta coronavírus, que não é tão perigoso de se trabalhar como a SARS-CoV-2.
Na página do estudo você consegue ver os vídeos de como o tratamento repele água e soro fetal bovino.
Os pesquisadores também estão avaliando a durabilidade e a resistência do tratamento. Eles estão avaliando se o efeito persiste mesmo após atrito e lavagem.
Esta pesquisa vai ajudar muito no combate da atual (e futuras) pandemias e também na prevenção de infecção hospitalar.
Também ajudará a resolver a escassez de EPIs, uma vez que esta solução permite reutilizar os mesmos.
Imagino que este produto também pudesse ser utilizado em tecidos de assentos da sala de espera dos hospitais também colaborando com a redução do contágio para mais pessoas.
O que você achou desta solução?
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