O futuro da medicina – uma visão inovadora de um futuro (talvez, não tão longe)

O título da palestra visionária de Jorge Conde é instigante: como hospitais, farmácias e até sintomas podem desaparecer.

Segundo Jorge Conde, tudo isto será possível através da tecnologia.

Você pode conferir a palestra no You Tube no Canal da a16z:

Espetacular!

Ele começa a palestra nos dando um panorama do cenário atual da saúde.

Nós, eventualmente, ficamos doentes. Vamos a um hospital nos consultar com um especialista. E saímos com um tratamento que é adquirido nas farmácias.

Você imaginaria um mundo sem hospitais e farmácias?

Este mundo já existiu... no passado, não tão longínquo.

Antigamente, os médicos eram generalistas e iam nas casas dos enfermos, não o contrário, como é feito hoje em dia. O crescimento do conhecimento médico científico e a consequente especialização impediu a continuidade deste modelo de atendimento. Surgiram os hospitais ou centros médicos.

O mesmo acontecia, do ponto de vista terapêutico, o médico possuía em sua maleta um pequeno arsenal de medicamentos que resolvia a grande maioria das situações. O conhecimento médico científico possibilitou o desenvolvimento de uma variedade enorme de tratamentos. O médico não era mais capaz de carregar consigo a solução para as enfermidades. Surgiram as farmácias.

Com o surgimento das instituições hospitalares e da complexidade da medicina, o gasto em saúde tem elevado de forma drástica. Ele cita alguns destes gastos:

• $1.1T em hospitalização – EUA – 2017
• $10B – infecções hospitalares
• Erros médicos evitáveis – 3ª causa de morte nos EUA
• Erros médicos evitáveis custam 400 mil vidas a cada ano.

Era de mudanças...

No entanto, estamos vivendo um momento de mudanças em vários pontos do ecossistema de saúde que vão transformar o modelo assistencial no mundo.

1. Os tradicionais silos estão se dissolvendo
   Hospitais, farmácias, seguradoras, empresas de tecnologia e outras instituições do ecossistema de saúde estão se agrupando e formando estruturas mais completas no cuidado do paciente.
2. Pagadores frustrados
   Governo e empregadores cada vez mais frustrados com o modelo atual.
3. Consumidores mais exigentes
   Em vários aspectos de sua vida, os consumidores estão mais exigentes.  Por que seria diferente no setor de saúde? Cada vez mais, o paciente vai exigir mais.
4. Novos entrantes no setor da saúde
   Walmart, Google, Apple – grandes empresas, líderes nos setores em que atuam, estão com iniciativas na área de saúde, percebendo as inúmeras ineficiências do modelo vigente.
   Além disso, há o surgimento de inúmeras startups – as health techs – com tecnologia em seu core de negócio, também contribuindo para o aumento do número de participantes deste complexo setor.
5. Novas tecnologias
   Inteligência artificial, Big Data e novas terapias impactando no custo e no acesso da medicina

E o resultado de tudo isto...

Tudo isto tem levado a mudanças no modelo de saúde:

1) Atendimento saindo do hospital para clinicas mais próximas de casa (como farmácias) e, até, para dentro da sua própria casa (home-care)

2) Cada vez mais dispositivos estão disponíveis para monitorização e para manter o paciente longe do hospital

3) Médicos com habilidades em tecnologia – capazes de aprenderem e adaptarem o cuidado do paciente a medida que a tecnologia vai evoluindo

4) Volta do médico para dentro de casa, como antigamente. A telemedicina tem permitido isto (lembrando que em diversas partes do mundo a telemedicina já está regulamentada).

5) Novas tecnologias ajudando o paciente a um acompanhamento continuo. Isto evitaria o desenvolvimento ou agravamento de doenças crônicas como diabetes e cardiopatias. 
Ele cita como exemplo o Omada health, um app que ajuda o paciente a desenvolver hábitos saudáveis nas áreas de alimentação, atividade física, sono e estresse.

Vejam o vídeo deste app:

6) Mobile devices – com celular se consegue realizar um ECG, fazer um ultrassom, avaliar um fundo de olho, checar a pressão arterial, e cada vez mais dispositivos médicos ficam a disposição do médico.